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Ameaça Silenciosa: Como a Projeção de Queda de Árvores Protege Sua Infraestrutura

A projeção de queda de árvores tem papel essencial na prevenção de acidentes no setor elétrico.


Árvores colidindo com torre de transmissão de energia elétrica.
Árvores colidindo com torre de transmissão de energia elétrica.

No complexo universo da gestão de infraestruturas críticas, como redes elétricas e de telecomunicações, existem riscos que, embora sempre presentes, são frequentemente subestimados. A queda de árvores, por exemplo, pode parecer um evento isolado ou uma fatalidade da natureza, mas suas consequências são devastadoras e abrangem desde interrupções no fornecimento de energia em redes de distribuição até apagões em larga escala em linhas de transmissão, acidentes graves, prejuízos financeiros vultosos e riscos à segurança pública. Para engenheiros, gestores de operação e diretores de manutenção de linhas de transmissão, a compreensão e a mitigação desse perigo silencioso são cruciais para a resiliência e a confiabilidade de suas redes.


Este artigo aprofundará a discussão sobre o impacto da vegetação nas infraestruturas de transmissão, explorando as limitações dos métodos tradicionais de prevenção e apresentando como a inovação tecnológica, por meio da projeção de queda de árvores baseada em dados 3D e inteligência artificial, está redefinindo a segurança e a eficiência operacional. Nosso objetivo é fornecer insights práticos e um panorama técnico que agregue valor, independentemente de soluções específicas, mas que naturalmente aponte para o caminho da inteligência preditiva como a resposta mais robusta para esse desafio.


O Custo Oculto da Queda de Árvores: Dados e Exemplos Reais


A queda de árvores sobre a infraestrutura elétrica é um problema recorrente no Brasil, com impactos significativos que vão muito além do mero transtorno. Em 2023, a Cemig, por exemplo, registrou quase 44 mil ocorrências de falta de energia causadas pela queda de árvores ou pelo contato de galhos e vegetação [1]. Em outubro de 2024, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que 50% do apagão que atingiu São Paulo foi causado pela queda de árvores, evidenciando a gravidade do problema em grandes centros urbanos [2].


Esses eventos não se limitam a interrupções no fornecimento de energia. Eles geram prejuízos financeiros substanciais para as concessionárias, que precisam arcar com os custos de reparo da rede, equipes de emergência e, em muitos casos, indenizações por danos a consumidores. Além disso, há o risco iminente de acidentes, como choques elétricos e incêndios, que podem colocar em perigo a vida de trabalhadores e da população em geral. A vegetação próxima à rede elétrica também pode causar danos estruturais, como a queda de fios e postes, comprometendo a integridade de toda a infraestrutura [3].


Em Rio Preto, moradores relataram prejuízos e perigo devido a árvores que invadiram a rede elétrica, gerando interrupções no fornecimento de energia [4]. A Cerbranorte também enfrenta transtornos diários devido à vegetação próxima à rede elétrica, com riscos de choque e rompimento de cabos [5].


Esses exemplos ilustram a dimensão do desafio. A gestão da vegetação não é apenas uma questão de manutenção, mas de segurança pública, confiabilidade do serviço e sustentabilidade financeira das operações.


As Limitações dos Métodos Tradicionais de Previsão


Historicamente, a gestão da vegetação em faixas de servidão e ao redor de infraestruturas tem se baseado em inspeções visuais periódicas e podas programadas. Embora essenciais, esses métodos apresentam limitações significativas quando se trata de prever a queda de árvores:


  • Subjetividade e Variabilidade Humana: A avaliação visual depende da experiência e do julgamento do inspetor, o que pode levar a inconsistências e à perda de detalhes cruciais. Fatores como a saúde interna da árvore, a integridade de suas raízes ou a presença de pragas e doenças nem sempre são visíveis a olho nu.


  • Escala e Frequência: A extensão das redes de transmissão e distribuição torna inviável a inspeção manual frequente de todas as áreas. Isso significa que, entre uma inspeção e outra, condições de risco podem se desenvolver rapidamente, especialmente após eventos climáticos extremos como chuvas intensas e ventos fortes.


  • Dificuldade em Áreas de Difícil Acesso: Muitas infraestruturas críticas atravessam terrenos acidentados, florestas densas ou áreas remotas, tornando o acesso para inspeção manual perigoso, demorado e caro.


  • Falta de Dados Precisos para Análise Preditiva: Os métodos tradicionais geram dados qualitativos e pontuais, que são insuficientes para a construção de modelos preditivos robustos. A ausência de informações tridimensionais precisas e georreferenciadas impede uma análise aprofundada do comportamento da vegetação em relação à infraestrutura.


  • Identificação de Riscos Fora da Faixa de Servidão: A poda e o manejo da vegetação geralmente se concentram na faixa de servidão. No entanto, árvores localizadas fora dessa área, mas com potencial de queda sobre a infraestrutura, são frequentemente negligenciadas pelos métodos tradicionais, criando uma ameaça silenciosa e significativa.


Insights Práticos: Definindo e Mitigando Riscos


Para uma gestão eficaz da vegetação, é fundamental ir além da teoria e aplicar conceitos práticos que orientem a tomada de decisão:


  • O que é considerado “área de risco”? Uma área de risco não se limita apenas à faixa de servidão diretamente sob as linhas de transmissão. Ela se estende a qualquer local onde a vegetação, em caso de queda, possa atingir a infraestrutura. Isso inclui árvores com altura e inclinação que, mesmo a dezenas de metros da linha, representam uma ameaça. A definição precisa de uma área de risco é dinâmica e deve considerar o porte da vegetação, a topografia do terreno e a proximidade com os ativos. A reconstrução 3D permite visualizar e demarcar essas áreas de forma precisa, considerando o raio de queda potencial de cada árvore.


  • Como identificar árvores com potencial de queda mesmo fora da faixa de servidão? Os métodos tradicionais falham em identificar árvores que, embora distantes da faixa de servidão, possuem um vetor de queda que as direcionaria para a infraestrutura. A tecnologia de projeção de queda, ao simular o impacto potencial de cada árvore no modelo 3D, consegue identificar esses “riscos ocultos”. Ela considera a altura da árvore, sua inclinação natural, a direção de crescimento e até mesmo a saúde da planta para determinar a probabilidade e o local de impacto em caso de queda. Isso permite que as equipes atuem preventivamente em árvores que, de outra forma, passariam despercebidas.


  • Como priorizar ações com base no nível de criticidade? A classificação de criticidade é a chave para otimizar os recursos de manutenção. Em vez de podar ou remover árvores indiscriminadamente, a tecnologia permite focar nas que representam maior perigo. Geralmente, essa classificação é apresentada da seguinte maneira:


  • Alto risco: Árvores com alta probabilidade de queda e impacto direto sobre a linha ou torre.


  • Médio risco: Árvores que, em caso de queda, atingiriam a faixa de servidão, mas não diretamente a linha.


  • Baixo risco: Árvores fora da faixa de servidão e sem risco de impacto na infraestrutura.



Essa priorização visual e baseada em dados permite que as equipes de campo concentrem seus esforços onde são mais necessários, maximizando a segurança e a eficiência das operações de manutenção.


A Revolução da Projeção de Queda com 3D e Inteligência Artificial: A Resposta Tecnológica


Ferramenta de Projeção de Queda exibindo baixo risco de acidente entre uma árvore e a linha de transmissão.
Ferramenta de Projeção de Queda apresentando um baixo risco de acidente entre uma árvore e a linha de transmissão.

Compreendidos os desafios e a necessidade de uma abordagem mais preditiva, a boa notícia é que a tecnologia atual oferece uma resposta robusta e precisa para os desafios da previsão de queda de árvores. A combinação de dados 3D de alta precisão e algoritmos avançados de inteligência artificial (IA) permite uma análise preditiva que transforma a gestão da vegetação de uma tarefa reativa para uma abordagem proativa e estratégica.


Como Funciona:


  1. Coleta de Dados 3D com Drones: O processo começa com a coleta de imagens de alta resolução da área de interesse utilizando drones. A tecnologia moderna permite a reconstrução 3D detalhada a partir de imagens de drones. Isso democratiza o acesso a dados tridimensionais precisos, mesmo em grandes extensões de terreno.


  1. Reconstrução 3D e Gêmeos Digitais: As imagens coletadas são processadas por softwares que utilizam visão computacional e inteligência artificial para criar um modelo tridimensional preciso do ambiente – um verdadeiro “gêmeo digital” da infraestrutura e da vegetação ao seu redor. Este modelo inclui informações detalhadas sobre a altura, volume, inclinação e localização exata de cada árvore e galho.


  1. Análise Preditiva com IA: É aqui que a inteligência artificial entra em ação. Com base no modelo 3D, algoritmos de IA são capazes de simular cenários de queda de árvores, considerando fatores como a distância da árvore em relação à linha de transmissão, sua altura, inclinação e até mesmo a direção predominante dos ventos. A IA identifica automaticamente as árvores que representam risco, mesmo aquelas que estão fora da faixa de servidão, mas que, em caso de queda, poderiam atingir a infraestrutura.


  1. Classificação de Criticidade: A tecnologia vai além da simples identificação de risco. Ela classifica o nível de criticidade de cada árvore, indicando o potencial impacto em caso de queda. Essa classificação geralmente é visualizada por cores, permitindo que os gestores priorizem as ações de poda ou remoção de forma eficiente.


Essa abordagem baseada em dados 3D e IA oferece uma visão sem precedentes sobre o risco da vegetação, permitindo que as empresas tomem decisões informadas e preventivas, otimizando recursos e garantindo a segurança e a continuidade do serviço.


IRT3D: A Inteligência Preditiva a Serviço da Sua Infraestrutura


A Robotictech, com sua solução IRT3D (Inspect and Reconstruction Tool 3D), oferece uma resposta direta e eficaz para o desafio da projeção de queda de árvores. O IRT3D é um software inovador que utiliza inteligência artificial e reconstrução 3D a partir de imagens coletadas por drones de baixo custo, sem a necessidade de sensores LiDAR caros.


Como o IRT3D Atua na Projeção de Queda de Árvores:


O sistema IRT3D possui uma ferramenta específica para a análise de projeção de queda de árvores, que se integra perfeitamente ao seu modelo 3D de alta precisão. Essa ferramenta permite:


  • Análise Abrangente: O IRT3D não se limita à faixa de servidão. Ele analisa todas as árvores em uma área de interesse, identificando aquelas que, em caso de queda, poderiam impactar a infraestrutura, mesmo que estejam localizadas fora da faixa de servidão.


  • Classificação de Criticidade Visual: Conforme mencionado anteriormente, o sistema classifica a criticidade do impacto em caso de queda utilizando um sistema de cores intuitivo:


    • Vermelho: Indica que a árvore, ao cair, atingiria diretamente a linha ou torre de transmissão.

    • Amarelo: Sinaliza que a queda da árvore ocorreria dentro da faixa de servidão, mas sem impacto direto na linha.

    • Verde: Representa árvores que, mesmo caindo, não afetariam a infraestrutura, estando fora da faixa de servidão e sem risco de impacto.


  • Tomada de Decisão Otimizada: Essa visualização clara e a classificação de risco permite que as equipes de manutenção priorizem as intervenções, direcionando recursos para as áreas de maior criticidade e garantindo a máxima proteção da rede com eficiência.


O IRT3D transforma a gestão da vegetação de uma tarefa reativa e dispendiosa em um processo proativo e inteligente, minimizando riscos, reduzindo custos operacionais e aumentando a confiabilidade do serviço. A capacidade de prever e mitigar a ameaça silenciosa da queda de árvores é um diferencial competitivo crucial para empresas que buscam excelência na gestão de suas infraestruturas críticas.


Ferramenta de Projeção de queda do IRT3D
Ferramenta de Projeção de queda do IRT3D

Proteja Sua Rede com Inteligência Preditiva: Dê o Próximo Passo


A ameaça silenciosa da queda de árvores é um desafio constante para o setor de energia e infraestrutura. No entanto, a tecnologia atual oferece ferramentas poderosas para transformar essa ameaça em uma oportunidade de otimização e segurança. A projeção de queda de árvores, impulsionada por dados 3D e inteligência artificial, não é apenas uma inovação; é uma necessidade para empresas que buscam garantir a resiliência de suas operações, proteger seus ativos e, acima de tudo, a segurança de suas equipes e da população.


Não espere que a próxima tempestade revele as vulnerabilidades da sua infraestrutura. Dê o próximo passo em direção a uma gestão de vegetação proativa e inteligente. Entre em contato com a Robotictech hoje mesmo e agende uma demonstração personalizada da solução IRT3D. Descubra como nossa tecnologia pode revolucionar a forma como você protege sua rede, minimiza riscos e garante a continuidade do serviço. Fale com nossos especialistas e comece a construir um futuro mais seguro e eficiente para sua infraestrutura!


Referências:

[1] Queda de árvores é a principal causa de desligamentos acidentais em Minas Gerais. Agência Minas. Disponível em: https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/queda-de-arvores-e-a-principal-causa-de-desligamentos-acidentais-em-minas-gerais [2] Enel, prefeitura e governo federal divergem sobre alçada para podar árvores em São Paulo. CNN Brasil. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/pedro-duran/nacional/enel-prefeitura-e-governo-federal-divergem-sobre-alcada-para-podar-arvores-em-sao-paulo/ [3] Poda de árvores: a solução para evitar queda de energia. Prog Ambiental. Disponível em: https://progambiental.com.br/queda-de-energia-por-causa-de-arvore/ [4] Árvores causam apagões em Rio Preto! Moradores relatam prejuízos e perigo. Record TV. Disponível em: https://record.r7.com/record-rio-preto/arvores-causam-apagoes-em-rio-preto-moradores-relatam-prejuizos-e-perigo-18062025/ [5] VEGETAÇÃO PRÓXIMA DA REDE ELÉTRICA CAUSA TRANSTORNOS DIÁRIOS PARA A CERBRANORTE. Cerbranorte. Disponível em: https://cerbranorte.org/vegetacao-proxima-da-rede-eletrica-causa-transtornos-diarios-para-a-cerbranorte/


 
 
 

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